Claudio Fernandes, da Tribuna da Imprensa
O jogo que decide o terceiro lugar da Copa do Mundo normalmente é disputado de forma mais solta e com menos preocupações defensivas por parte das equipes. Também por isso, jamais aconteceu um 0 a 0 nestas partidas. Neste sábado, Croácia e Marrocos resolveram não decepcionar e, com menos de 10 minutos, o placar já apontava 1 a 1. No fim, melhor para os croatas que, ainda no primeiro tempo, fizeram o gol da vitória e souberam conduzir a partida a seu feitio até o apito final.
Com o resultado, os croatas mantiveram a tradição europeia de ocupar a terceira colocação nos Mundiais desde 1982 e conseguiram o que foi apenas a segunda vitória no tempo normal em toda a competição. Aos marroquinos, que quase empataram em duas grandes oportunidades no segundo tempo, ficou o mérito de entrar para a história como a primeira equipe africana a ficar entre as quatro melhores de uma Copa.
PRIMEIRO TEMPO
As duas equipes jogaram um grande primeiro tempo. Célebre por seu jogo defensivo, que ruiu apenas na derrota por 3 a 0 para a Argentina nas semifinais, a Croácia resolveu partir para o ataque desde os primeiros minutos de jogo e surpreendeu os marroquinos. Estes, por sua vez, apresentaram uma defesa mais frágil e menos concentrada do que em todo o Mundial, mas o ímpeto ofensivo se manteve.
Com isso, os gols saíram até antes do esperado. Aos sete minutos, Majer cobrou falta da intermediária, Perisic cabeceou para o meio da área e Gvardiol mergulhou para fazer, de peixinho, um dos gols mais bonitos da Copa. O gol teve ares de redenção para o jovem zagueiro, apontado como um dos destaques da competição, mas que ficara marcado pela perseguição mal sucedida a Messi no terceiro gol argentino nas semifinais.
A comemoração croata, porém, durou muito pouco. Dois minutos depois de abrir o placar, viu Marrocos empatar: Ziyetch cobrou falta da direita, o croata Majer desviou de cabeça para dentro da própria área e a bola ficou à feição para Dari, que deu números iguais ao placar.
A partida seguiu sendo disputada em ritmo intenso e tanto Bono quanto Livakovic trabalharam para evitar que o placar fosse ampliado. Bono conseguiu até os 42, quando Livaja recuperou a bola perto da área marroquina e passou para Orsic chutar cruzado com grande habilidade. A bola ainda bateu na trave antes de entrar.
SEGUNDO TEMPO
Os croatas voltaram para o segundo tempo dispostos a quebrar qualquer possibilidade de Marrocos realizar um segundo tempo como o que fez com a França, quando empilhou oportunidades e dominou completamente os atuais campeões do mundo. E conseguiram. Cansados, os marroquinos não conseguiram imprimir um ritmo veloz ao jogo e acabaram encaixotados na marcação croata.
Assim, a segunda etapa foi de poucas oportunidades. Mas as que aconteceram deixaram os marroquinos muito perto de empatar e forçar uma prorrogação. Aos 31 minutos, En-Nesyri recebeu cara a cara com Livakovic e concluiu para grande defesa do goleiro. No último lance do jogo, o atacante completou de cabeça cruzamento de Attiat-Allah e a bola passou muito perto, com Livakovic já batido.
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