Claudio Fernandes, da Tribuna da Imprensa
Um gol, um jogo e um dia para a história das Copas do Mundo. Pela primeira vez na história da competição, uma seleção africana se classificou para as semifinais. Isso foi possível porque, na tarde deste sábado, Marrocos derrotou Portugal por 1 a 0 e com isso, superou as campanhas de Camarões em 1990, Senegal em 2002 e Gana em 2010, que pararam nas quartas de final. Com o resultado, os marroquinos enfrentam o vencedor do clássico entre França e Inglaterra na próxima fase.
PRIMEIROTEMPO
A primeira etapa foi marcada pela consistência defensiva marroquina. Sólidos e eficientes, os Leões do Atlas usaram da experiência adquirida ao longo da campanha na competição e, sem se apavorarem com os astros portugueses, impediram que eles jogassem seu futebol. Com Cristiano Ronal do no banco, caberia a Bruno Fernandes e Bernardo Ramos conduzirem o time e encontrarem a revelação Gonçalo Ramos na área. Mas as tentativas esbarraram no sistema de marcação adversário.
A resiliência marroquina foi premiada no fim da primeira etapa. Aos 42, Attiat-Allah apareceu livre pela esquerda e cruzou na área. O goleiro português Diego Costa saiu mal e En-Nesyri desviou de cabeça para fazer 1 a 0.
SEGUNDO TEMPO
O panorama da partida mudou na segunda etapa. Logo aos quatro minutos Marrocos quase fez o segundo: Ziyech bateu falta para a área, El Yamiq cabeceou, Diego Costa rebateu e o próprio marroquino concluiu para fora. Depois desse lance, o controle do jogo ficou com Portugal.
Os lusos, porém, quando não foram derrotados pela própria ansiedade, que causou imprecisão nos passes finais e arremates, pararam em mais uma órima atuação do goleiro Bounou.
Mais perto do fim do jogo, Portugal intensificou a pressão e perdeu ótimas oportunidades de empatar. Aos 38, Cristiano Ronaldo escorou para João Félix, que mandou bomba de fora da área e o goleiro marroquino fez defesa dificílima. Aos 46 o goleiro pegou em dois tempos belo chute do astro português, que entrou na segunda etapa.
Bruno Fernandes, em chute, e Pepe, de cabeça, erraram por pouco o algo nos últimos dois lances de perigo da partida. Após o apito final, o estádio, de ampla maioria marroquina, explodiu em festa pelo feito histórico dos Leões do Atlas.
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