Da Tribuna da Imprensa
Os 90 velejadores que participam do Campeonato Brasileiro de Laser, na categoria ILCA 6, tiveram um encontro para lá de marcante neste sábado (14): palestra de Robert Scheidt, bicampeão olímpico e maior medalhista do país. O ídolo do esporte conversou com os jovens por cerca de uma hora e meia, no Iate Clube do Rio de Janeiro.
A competição reúne atletas de todas as faixas etárias. São dez regatas, que começaram na última quarta-feira (11) e seguirão até este domingo (15). Depois, o mesmo Iate Clube do Rio de Janeiro sediará o torneio nas categorias ILCA 4 e 7. O evento é organizado pela CBVela, em mais uma ação do NEBAR, o Núcleo de Base da Vela Brasileira
“Como foram 90 competidores, não pude fazer nada muito específico, mas analisei os movimentos deles, dar dicas e passar um pouco da minha experiência. Eu acompanhei as regatas, os principais erros e acertos da galera. Tentei passar uma visão geral da regata. Foi muito importante ter esse contato.”, comentou Scheidt.
“Estou de férias pelo Brasil e vejo a Laser em crescente novamente, então também queria aproveitar isso. Fico muito contente pelo convite da CBVela.”, acrescentou o velejador.
Futuro dele e da vela nacional
A história da vela e de Robert Scheidt se confundem. O velejador disputou sete olimpíadas, com dois ouros na classe Laser (Atlanta 1996 e Atenas 2004). Em Sydney 2000, foi prata na mesma categoria.
Oito anos mais tarde, em Pequim 2008, foi novamente vice, mas pela Star. Em Londres-2012, o atleta, que começou no YCSA, foi bronze. Essas duas últimas medalhas foram na companhia de Bruno Prada.
Nas duas últimas edições de Olimpíadas, Scheidt disputou novamente pelo Laser, mas resolveu encerrar seu ciclo olímpico. Agora, ele olha com carinho para o futuro da classe no Brasil.
“A vela sempre foi um esporte muito bem representado no cenário nacional. Mas os velejadores brasileiros acabam se formando na Europa. Espero que o Brasil venha forte para Paris 2024, mas vejo a atual geração mais forte para os Jogos de 2028. Essa Olimpíada está bem perto, mas com disciplina e treino, temos tudo para ganhar medalhas daqui a cinco anos.”, comentou Robert.
Sobre si, Robert, aos 49 anos, confessa que agora planeja competir em barcos maiores, na vela oceânica. “Não virei treinador. Ainda sou velejador, mas hoje estou fazendo uma transição para a vela oceânica. Ainda tenho meus barcos da Laser. Em 2023, também estou no projeto da SSL, com o time Brasil, e também disputar algumas regatas internacionais.”, destacou o paulista.
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