Claudio Fernandes e Agência Reuters
Uma multidão de bolsonaristas se reuniu nesta quarta-feira em frente à sede do Comando Militar do Leste (CML), no centro do Rio de Janeiro e em todo o Brasil pedindo intervenção militar. Eleitores do presidente Jair Bolsonaro não acreditam na lisura do processo eleitoral e atestam que houve fraude nas eleições realizadas em 30 de outubro. No pleito, Lula derrotou Bolsonaro por menos de dois pontos percentuais.
“Espero que o Exército interfira nessa situação. Nós sabemos que essas eleições foram fraudadas”, disse Reinaldo da Silva, 65, funcionário público aposentado, na frente do Comando Militar do Sudeste, na capital paulista.
Durante meses, Bolsonaro alimentou a desconfiança no processo eleitoral brasileiro, deixando clara a sua desconfiança a respeito da confiabilidade das urnas eletrônicas.
No Rio de Janeiro, duas faixas de uma das principais avenidas da região central da cidade foram tomadas por manifestantes que usavam camisas do Brasil e da seleção brasileira de futebol, uma marca dos atos favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro. Os grupos bolsonaristas que se concentravam no centro do Rio fizeram ataques a Lula e algumas pessoas carregavam faixas com a inscrição “intervenção militar“, cobrando a aplicação do artigo 142 da Constituição.
“Temos que ter intervenção federal; temos um Supremo vendido para o petista. Tem que pôr ordem no Brasil e só uma intervenção é capaz”, disse uma manifestante que carregava um cartaz escrito em inglês “Sem intervenção esse país não tem jeito”.
À noite, em pronunciamento em suas redes sociais, Bolsonaro disse que as manifestações fazem parte do jogo democrático e mandou um recado a seus apoiadores.
“Vamos fazer o que tem que ser feito. Estou com vocês e tenho certeza que vocês estão comigo”,
O Ministério da Defesa afirmou que “entende que manifestações, desde que ordeiras e pacíficas, são o exercício da liberdade de manifestação de pensamento e de reunião, de acordo com os princípios constitucionais e as leis vigentes”.
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