Claudio Fernandes, da Tribuna da Imprensa
As manifestações nas ruas do Brasil contra o resultado das eleições presidenciais apresentado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitorasl) na noite de domingo passado chegaram ao quinto dia consecutibo. Em todo o todo o país, manifestantes contestam a vitória de Lula, a lisura de todo o processo eleitoral e atestam que as urnas foram fraudadas a favor da volta do petista ao poder.
Mais do que pedidos de intervenção federal, o sentimento predominante é de vergonha e injustiça. É unânime a indignação pela possibilidade de o petista, que chegou a ser preso por corrupção, tenha deixado a cadeia mesmo sem ter sido inocentado pela justiça e volte ao cargo mais importante da política brasileira após ser condenado inclusive pela Suprema Corte brasileira.
Manifestantes ocupam portões de bases militares em todo o país e levam cartazes como “SOS Forças Armadas” e “Intervenção Federal”, entre outros. Em São Paulo, por exemplo, o local escolhido é o Comando Militar do Sudeste, no Ibirapuera. No Rio de Janeiro, o Comando Militar do Leste, na Praça Duque de Caixas.
Os protestos acontecem também de forma virtual. No Twitter e no Instagram, principalmente, as hashtags #BrazilianSpring e #BrazilWasStolen (Primavera Brasileira e Brasil foi roubado) estão entre as tendências mundiais. Há indignação também contrra ações do TSE e do STF, que estão derrubando postagens com esses termos e perfis de personalidades e políticos ligados à direita.
Neste sábado, o canal argentino “La Derecha Online!” exibiu um programa em que analisou dados do próprio TSE sobre as eleições. Nele, analisou anomalias nas urnas e deixou claro sinais de contradições estatísticas. Os vídeos foram tirados do ar pela justiça brasileira. Quem também saiu do ar foi o site do TSE, que voltou após horas com diversos documentos e arquivos alterados.
RESPOSTA DO TSE
Após tirar os vídeos citados do ar e alterar documentos que estavam disponíveis no seu próprio site e foram baixados por milhares de pessoas, o Tribunal Superior Eleitoral respondeu o canal argentino dizendo que todas as urnas eram auditáveis. O órgão, porém, não bancou a inesxistência de fraude.
PRÓXIMOS DIAS
A expectativa para a próxima semana fica por conta da apresentação, por parte dos militares, do relatório com suas impressões sobre o pleito e a confiabilidade das urnas eletrônicas.
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