Agência Reuters e Claudio Fernandes
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) conquistou 49 votos e foi reeleito para ocupar por mais dois anos a presidência do Senado, garantindo uma vitória ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda que a oposição liderada por bolsonaristas tenha marcado terreno. Apoiado por Lula, Pacheco venceu o senador Rogério Marinho (PL-RN), que teve 32 votos.
Pesaram a favor de Pacheco as movimentações dele e de seu principal articulador, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), assim como as negociações sobre postos e posições na Casa e conversas com o governo federal sobre indicações para o segundo e terceiro escalões do Executivo.
Fora isso, ao menos cinco ministros de Lula assumiram por um dia suas cadeiras no Senado para engrossar as fileiras governistas a favor de Pacheco. De maneira controversa por conta do conflito de interesses, até mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) telefonaram para senadores em defesa de Pacheco, informou uma fonte do Judiciário com conhecimento das tratativas.
Cerca de 80% dos senadores possuem um ou mais processos que ainda serão julgados pela Suprema Corte.
O resultado da disputa, que ganhou, para alguns integrantes do Senado, ares de “terceiro turno” eleitoral, deve servir para aferir, ainda que de maneira aproximada, a força que a oposição terá para complicar o governo na aprovação de medidas prioritárias.
Algumas matérias de interesse do governo já aguardam votação no Congresso. Esse é o caso da primeira medida provisória editada por Lula no dia em que tomou posse: a MP do Bolsa Família, que garantiu o pagamento do benefício no valor de 600 reais.
Há ainda a MP que devolve o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ao Ministério da Fazenda, e a MP que reduz a incidência de PIS-Cofins sobre combustíveis, além do conjunto de medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para reduzir o déficit fiscal.
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